Governo municipal de Bom Jesus reabre hospital mediante decreto para combate ao novo coronavírus


 BOM JESUS DO GALHO – O prefeito municipal, William Batista de Calais reabriu na manhã de terça-feira,24 a Unidade Hospitalar(FOTOS) Bom Jesus do Galho (Aminas), administrado pelo IMS – Instituto Mineiro de Saúde, fechado desde março de 2019.

A reabertura do hospital, que já foi público, vem reforçar a rede municipal de assistência de saúde no enfrentamento da situação de emergência pública causada pelo agente coronavírus (Covid-19).

 O Decreto prevê a utilização do espaço por 180 dias que podem ser prorrogados de acordo com as necessidades do município.

Após a abertura do hospital, que contou com a participação da equipe de governo municipal, de vereadores, profissionais da saúde e de populares, a vigilância sanitária do Estado de Minas Gerais inspecionou o prédio orientando a secretária municipal de saúde, Neuricéia Martins, a como tornar o hospital apto para receber pacientes infectados pelo coronavírus.

A ação contou com o apoio da Polícia Militar, já que um dos proprietários do hospital não concordou em ceder a unidade ao poder público. A assessoria jurídica tentou contato com o seu sócio, mas sem sucesso.

Em seu pronunciamento, o prefeito explicou que a medida deve valer enquanto durar a situação de emergência. “Nossos profissionais já estão trabalhando para dar início o mais rápido possível ao funcionamento do hospital que oferece uma boa estrutura de atendimento, com equipamentos de primeira linha. Essa iniciativa reflete o compromisso que temos com a vida que anda ameaçada no planeta. É urgente proteger o nosso povo, não só com as campanhas intensas que vimos fazendo de prevenção do coronavírus, mas nos preparando para prestar assistência aos casos que porventura possam surgir em nossa cidade”.

O assessor jurídico, Valdinei Bernardo, explicou como se deu o processo de requisição do hospital.

“O prefeito William expediu um decreto na manhã de hoje requisitando toda a estrutura do hospital de Bom Jesus, fechado há um ano, para que atenda os possíveis casos de Covid-19 que vierem a surgir na cidade. A Secretaria de Saúde está cumprindo seu papel, fazendo a busca ativa de pessoas que tenham vindo de áreas onde há os maiores índices de contaminação, para que possam ser monitoradas. Mas tínhamos que ter uma retaguarda para o atendimento de possíveis casos. A estrutura que o município possui é insuficiente, e com o aporte dos cerca de 50 leitos que o hospital possui, nós teremos como fazer um atendimento adequado para a população”.

VIGILÂNCIA

O advogado falou também sobre a visita da vigilância sanitária ao hospital. “Essa ação é importante para que o estado possa disponibilizar investimentos no sentido de equipar o nosocômio a fim de que tenhamos uma estrutura apta para atender os pacientes. No primeiro momento, será feito apenas atendimento de clínica médica, mas o hospital está sendo preparado para o enfrentamento da Covid-19. O decreto é provisório, válido por 180 dias, prorrogáveis por igual período, para que o município possa administrar o hospital e ofertar os serviços necessários à população com o apoio financeiro do Estado e da União”.