Usiminas registra lucro líquido de R$ 1,8 bi no terceiro trimestre


Siderurgia teve Ebitda recorde trimestral e Mineração recorde de produção

A Usiminas divulgou, nesta sexta-feira (29), os números do terceiro trimestre do ano. De julho a setembro, a companhia contabilizou um Ebitda Ajustado Consolidado de R$ 2,9 bilhões (R$ 5,1 bi no 2T21). No mesmo período do ano anterior, o Ebitda Ajustado Consolidado foi de R$ 826 milhões.

Já a Margem Ebitda Ajustado no 3T21 foi de 33%, contra 37% no 2T21, descontados os efeitos não recorrentes. Na comparação com o terceiro tri de 2020, a Margem Ebitda Ajustado subiu 14 pontos percentuais (19% no 3T20).

No terceiro trimestre deste ano, o lucro líquido da empresa ficou em R$ 1,8 bilhão contra R$ 4,5 bi no segundo trimestre de 2021. A diferença se deu em função do reconhecimento de créditos PIS/Cofins e ganhos cambiais registrados no segundo trimestre do ano contra uma variação cambial negativa no período de julho a setembro. Comparado ao terceiro trimestre do ano passado, quando o lucro líquido contabilizou R$ 198 milhões, houve uma alta de 821%.

Destaque, também, para o caixa que, em função da forte geração de Ebitda, chegou, em 30/09/21, a R$ 7,3 bilhões, alta de cerca de 20% quando comparado à posição de 30/06/21 (R$ 6,1 bi). O caixa atual é suficiente para pagar toda dívida da companhia com um excedente de R$ 1,2 bilhão. No terceiro trimestre de 2020, a posição de caixa era de R$ 3,7 bilhões.

Nos meses de julho a setembro, a venda de aço atingiu a marca de 1,2 milhão de toneladas (1,3 mi/t no 2T21 e 934 mil/t no 3T20). Já a venda de minério de ferro subiu para 2,4 milhões de toneladas, contra os 2,1 milhões de toneladas do segundo trimestre deste ano. No terceiro trimestre de 2020, o volume de vendas de minério foi de 2,3 milhões de toneladas. Com relação aos investimentos, o Capex do terceiro trimestre de 2021 atingiu R$ 305 milhões, com recursos aplicados, principalmente, em manutenção, segurança e meio ambiente.

“Em um novo trimestre de resultados positivos, tivemos como destaque um Ebitda recorde na Siderurgia, excluindo efeitos não recorrentes. Registramos alta na produção de aço bruto e minério de ferro. A exemplo da indústria do aço, entramos em um período de acomodação do mercado em patamares ainda elevados após o forte crescimento da atividade do setor nos trimestres anteriores”, avalia Sergio Leite, presidente da Usiminas.

Agenda ESG

No terceiro trimestre do ano, a Usiminas continuou avançando, também, em sua agenda ESG, sigla em inglês para Meio Ambiente, Social e Governança. Conforme as principais metas anunciadas no segundo trimestre, a empresa segue cumprindo seus indicadores planejados para a elevação para 10% no número de mulheres na área industrial da empresa até 2022 e em outras metas como às relacionadas à emissão de carbono.

No indicador de segurança de barragens, a Mineração Usiminas conclui, no próximo mês de novembro, as obras de instalação do projeto de filtragem e empilhamento a seco (dry stacking), que vai permitir a migração da disposição de rejeitos em barragens convencionais para um método mais seguro e com menos impactos ambientais.

Unidades de Negócios

Na Usina de Ipatinga, a produção de aço bruto atingiu 924 mil toneladas no terceiro trimestre do ano (750 mil toneladas no 2T21) e a produção de laminados nas usinas de Ipatinga e Cubatão totalizou 1,2 milhão de toneladas (1,3 milhão no 2T21). Ainda com relação à Unidade de Siderurgia, as vendas totais somaram 1,2 milhão de toneladas de aço (1,3 milhão no 2T21).

A siderurgia alcançou um Ebitda Ajustado de R$ 2,1 bilhões no período de julho a setembro (R$ 3,4 bi no 2T21). A Margem Ebitda Ajustado foi de 26% no terceiro trimestre (44% no 2T21). Se descontados os efeitos não recorrentes que foram contabilizados no segundo trimestre do ano, o Ebitda Ajustado dessa Unidade de Negócio foi 5% superior ao registrado nos três meses anteriores (R$ 2 bi) e a Margem Ebitda Ajustado de cerca de 27%, com alta de cerca de 1 ponto percentual em relação ao segundo trimestre do ano.

Já na Mineração Usiminas, o volume de produção foi de 2,5 milhões de toneladas, recorde para a unidade, com alta de 16% quando comparado ao trimestre anterior (2,2 milhões de toneladas) devido, principalmente, à retomada operacional da Mina Leste no final do segundo trimestre. As vendas também registraram alta, passando das 2,1 milhões de toneladas do segundo trimestre para 2,4 milhões de toneladas no terceiro trimestre do ano.

O Ebitda Ajustado da Unidade de Negócio alcançou R$ 685 milhões no período (R$ 1,5 bi no 2T21). Já a Margem Ebitda Ajustado ficou em 50% contra 71% no segundo trimestre.

Na Soluções Usiminas, empresa que atua no mercado de distribuição de aço, serviços, fabricação e venda de tubos de pequeno diâmetro, a receita líquida no terceiro trimestre ficou em R$ 2,4 bilhões, em linha com o registrado no trimestre anterior. O Ebitda Ajustado da Soluções Usiminas ficou em R$ 277 milhões (R$ 429 mi no 2T21) e a Margem Ebitda Ajustado foi de 12% no terceiro trimestre (18% no 2T21).  

“Seguimos comprometidos com nossas metas ambientais e sociais, com avanços importantes nos legados que estão sendo construídos pela Usiminas, como o Centro de Memória que acaba de ser entregue à população em Ipatinga (MG). Um espaço que será referência para o Estado e para o país no registro da história da indústria do aço, da própria Usiminas e da cidade de Ipatinga, além de um valioso acervo de arte reunido pela companhia ao longo de quase seis décadas de operação”, destaca o presidente da empresa.


Usiminas inaugura Centro de Memória em Ipatinga 

Espaço único no gênero, local é mais um legado histórico, social e cultural da empresa para as comunidades do Vale do Aço, de Minas e do Brasil

Como parte das comemorações de seus 59 anos de operação, a Usiminas entrega hoje (26/10) à população um novo equipamento cultural na cidade de Ipatinga. Instalado no prédio do Grande Hotel, até então fechado à visitação pública, o Centro de Memória Usiminas dá ao público acesso, de maneira interativa e com recursos de tecnologia, à história da indústria do aço, da própria Usiminas e do município. Além do acervo histórico, o local exibirá, também, importantes obras de alguns dos mais representativos nomes das artes moderna e contemporânea do país. São pinturas e esculturas assinadas, entre outros, por nomes como Amílcar de Castro, Tomie Ohtake e Bruno Giorgi, reunidas pela empresa ao longo de sua história e que antes tinham acesso restrito aos colaboradores.

O Centro de Memória Usiminas abre suas portas em um prédio que é patrimônio arquitetônico da cidade de Ipatinga e com a expectativa de reforçar um conjunto de bens que foram recentemente restaurados pela empresa e entregues à população como a Academia Olguin, a Estação Pedra Mole e a Fazendinha. Para o presidente da empresa, Sergio Leite, o Centro de Memória será um legado histórico para a memória do Vale do Aço e da indústria no Brasil. “No momento que a empresa caminha para o seu 60º aniversário de operação, entregamos à população não só de Minas Gerais, mas para o Brasil, um ambiente para experiência e que evidencia a história da nossa indústria”, afirma Leite.

Ainda conforme o presidente da empresa, a proposta é proporcionar aos visitantes do Centro de Memória uma viagem ao passado, a vivência de momentos importantes para a formação da cidade como ela é hoje e um resgate da identidade da região. “Hoje, ainda temos uma cidade jovem e convivemos com os pioneiros de sua construção. Mas é importante que tenhamos esse registro sempre em andamento para que esse legado se mantenha para as próximas gerações. É mais um presente que oferecemos à comunidade, mais uma forma de ampliarmos e incentivarmos o acesso à cultura.”

O historiador e curador do espaço, Rodrigo Vivas, acrescenta que diferentemente de um museu, o Centro de Memória é vivo e tem o conceito de conversar com as pessoas, de abrigar não só objetos, como também, apresentar para a população todo um acervo interativo de conhecimento, memória, cultura e inovação. “A população vivenciará, de forma prática, toda a essência da Usiminas: dos seus processos produtivos às suas práticas de sustentabilidade e tecnologia, bem como, ter acesso à exclusivas obras de arte. Além disso, resgatamos a história do Vale do Aço, tivemos várias escutas com a comunidade, que também são atores da construção desses fatos. Precisamos preservar a nossa história, a nossa memória”, destaca Vivas.

Grande Hotel

Localizado no bairro Castelo, o Grande Hotel Ipatinga foi construído pela Usiminas ainda durante a implantação da usina como importante espaço para hospedar empreendedores siderúrgicos, autoridades nacionais e internacionais, assim como para a realização de eventos. O projeto é do arquiteto Rafael Hardy Filho e a inauguração ocorreu em 1961. O hotel funcionou até os anos de 1990 e foi tombado como patrimônio cultural municipal em 2000, sendo conservado pela Usiminas.

Instituto Usiminas

Responsável pela implantação do Centro de Memória Usiminas, o Instituto Usiminas foi criado em 1993 para atuar em iniciativas nas áreas cultural, esportiva e social. É responsável pela gestão de outros importantes equipamentos culturais em Ipatinga, como o Centro Cultural Usiminas, que conta com o teatro, a Galeria Hideo Kobayashi e a Biblioteca Central de Ideias, além do Teatro Zélia Olguin, outro patrimônio tombado do município. Desde sua criação, é responsável pela gestão dos patrocínios aos projetos apoiados pela Usiminas, por meio das leis de incentivo.

Serviço:

  • Funcionamento: de quarta-feira a sábado, das 10h às 18h e no domingo das 10h às 13h
  • Entrada gratuita
  • Reservas para visitação: Agendamentos de grupos e visitas mediadas pelo WhatsApp do Educativo do Instituto Usiminas (31)98437-3330
  • Site e outros endereços on-line: https://www.institutousiminas.com/
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    Centro de Pesquisa da Usiminas completa 50 anos de pesquisa e desenvolvimento do aço

     Estrutura é destaque na indústria latino-americana e antecipa demandas dos clientes

    Localizado na Usina de Ipatinga e considerado o maior do gênero na indústria do aço da América Latina, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Usiminas está completando 50 anos de atividades neste mês de outubro. Com uma equipe de profissionais altamente qualificados, o local tem sido responsável pelo desenvolvimento de aços de alto valor agregado para automóveis mais seguros e com menos impacto ambiental, para instalação de torres de energia eólica e solar e tantas outras aplicações que passaram a ser demandas pela indústria brasileira.

    As atividades de pesquisa estão alinhadas aos cenários nacional e internacional, o que propicia à Usiminas maior agilidade na antecipação das necessidades dos clientes. Suas ações são direcionadas para absorver, gerar e disseminar conhecimentos científicos e tecnológicos voltados para o desenvolvimento e melhoria de produtos em aço, à otimização dos processos industriais e redução de custos, sempre integrados aos conceitos de sustentabilidade.

    O presidente da companhia, Sergio Leite, afirma que ao longo de sua história, a Usiminas sempre buscou aprimorar produtos e processos, investindo em tecnologias e gerando soluções inovadoras nesse segmento. “A necessidade das empresas de se manterem competitivas em um mercado cada vez mais acirrado como o de produção e beneficiamento do aço, levam as companhias a investirem estrategicamente em pesquisa e desenvolvimento, criando soluções para aprimorar os seus processos e serem cada vez mais eficientes e sustentáveis”, enfatiza.

    O Centro de P&D, está integrado com todas as unidades da Usiminas e vem sendo um dos grandes diferenciais competitivos da companhia, contribuindo para o seu desenvolvimento tecnológico e potencializando-a como desenvolvedora de aços de extrema qualidade.

    Conhecimento

    Hoje o Centro de Pesquisas da empresa ocupa uma área de 13 mil metros quadrados e conta com uma equipe de cerca de 100 profissionais, entre pesquisadores, cientistas e técnicos. Com foco em treinamento e capacitação, 69% do efetivo possui mestrado, 13% doutorado e 12% especialização. Além de investimentos em treinamentos e parcerias com universidades, siderúrgicas e centros de pesquisa no exterior como Japão, Estados Unidos, Inglaterra e França.

    “Nosso objetivo é sempre estar à frente do nosso tempo, caminhando na vanguarda do conhecimento. Aumentando e treinando a nossa equipe, incluindo, cada vez mais mestres e doutores no nosso time. Além de investimentos em equipamentos sofisticados, desenvolvimento de técnicas de análises e simulações para otimizar os processos siderúrgicos, desenvolvendo novos aços, melhorando a qualidade dos existentes e apoiando seus clientes para o melhor desempenho de seus produtos e processos”, afirma o gerente-geral do Centro de P&D da Usiminas, Carlos Salaroli.

    Produtos

    Na área de produtos, onde são aplicados os maiores esforços de P&D, os principais objetivos, segundo o gerente do Centro, são o desenvolvimento de novos aços e aprimoramento dos já produzidos para o mercado automotivo, eletroeletrônico, utilidades domésticas, embalagem, construção civil, máquinas pesadas, tubos, plataformas e navios. Os tipos de aço para cada uma dessas finalidades vêm evoluindo ao longo do tempo e para Salaroli, uma das metas é conseguir estar sempre se antecipando às demandas dos diferentes mercados.

    Na área automotiva, por exemplo, ele lembra que a demanda é crescente por veículos mais compactos, econômicos, menos poluentes, mais seguros e com designs mais complexos. Para isso, os estudos do Centro de Pesquisa estão voltados para aços com maior resistência mecânica, que permitem a redução do peso dos automóveis por meio da utilização de chapas com menor espessura e desempenho igual ou superior na estrutura do carro. Além de alta resistência mecânica, estão voltados também para os aços que demandam elevada capacidade de absorção de energia contribuindo, dessa forma, para mais proteção aos passageiros durante uma eventual colisão.